W. v. O. Quine (1908-2000)


O filósofo americano mais influente da segunda metade do século XX. A atenção de Quine começou por incidir sobre a lógica matemática, donde resultaram as obras A System of Logistic (1943),Mathematical Logic (1940) e Methods of Logic (1950). Foi com a publicação do conjunto de ensaios que formam o livro From a Logical Point of View (1953) que a sua importância filosófica se tornou largamente reconhecida. O seu célebre ataque à distinção analítico/sintético anunciou uma mudança profunda nas maneiras de encarar a linguagem provenientes do positivismo lógico e uma reapreciação das dificuldades em fornecer uma base empírica sólida para as teses sobre a convenção, o significado e a sinonímia. A sua reputação consolidou-se com Word and Object (1960), no qual a indeterminação da tradução radical assume pela primeira vez o papel principal. Na teoria do conhecimento, Quine está associado à perspectiva holista da verificação, concebendo um corpo de conhecimento em termos de uma teia que na periferia está em contacto com a experiência, mas em que cada ponto está conectado a outros pontos por uma rede de relações. Quine é também conhecido pela perspectiva segundo a qual a epistemologia devia ser naturalizada, ou conduzida segundo um espírito científico, sendo o objecto da investigação a relação existente nos seres humanos entre os dados de entrada (inputs) da experiência e os dados de saída (outputs) da crença. Além das obras já citadas, a sua bibliografia inclui The Ways of Paradox and Other Essays (1966), Ontological Relativity and Other Essays (1969), Philosophy of Logic (1970), The Roots of Reference (1974) e The Time of My Life: An Autobiography (1985). (InDicionário de Filosofia, de Simon Blackburn. Gradiva, 1997.)

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